sábado, 27 de abril de 2013

Teologia Sistemática


O Teísmo e as Cosmovisões Contrárias.

            Existem sete cosmovisões que se destacam, sendo uma diferente da outra. Logicamente, somente uma destas cosmovisões pode ser verdadeira, e as outras precisam necessariamente ser falsas. As sete cosmovisões mais importantes são: Teísmo, Ateísmo, Panteísmo, Pan-em-teísmo, Deísmo, Deísmo Finito e Politeísmo.

Teísmo: Um Deus Pessoal e Infinito que Existe tanto dentro como além do Universo.
            O Teísmo é a cosmovisão que preconiza um universo que vai além das coisas que existem. Existe um Deus infinito e pessoal que vai além do universo que é o seu criador, o seu sustentador, e que pode agir dentro deste universo de maneira sobrenatural.

Ateísmo: Não Existe Deus algum, nem dentro nem além do Universo.
            O Ateísmo advoga que somente o universo físico existe, não existe nenhum Deus, em parte alguma. O universo é tudo o que existe e tudo o que existirá, e ele é auto-sustentado.

Panteísmo: Deus é o Próprio Universo (Ele é tudo).
            Para o panteísta, não existe um Criador além do universo, antes, tanto o Criador quanto a criação são duas maneiras diferentes de perceber a mesma realidade. Deus é o próprio universo (ou Ele está em todas as coisas), e o universo é Deus.

            O Panteísmo afirma que Deus é tudo, o Ateísmo alega que não existe Deus algum, e o Teísmo declara que Deus criou tudo. No Panteísmo, tudo é mente. De acordo com o Ateísmo, tudo é matéria. Só o Teísmo afirma que tanto a mente quanto a matéria existem. Na verdade, enquanto o ateu acredita que a matéria produziu a mente, o teísta acredita que a Mente (Deus) produziu a matéria.

Pan-em-teísmo: Deus está no Universo.
            O Pan-em-teísmo afirma que Deus habita o universo da mesma forma que uma mente habita um corpo. Entretanto, além do universo físico real, existe uma outra pilastra de sustentação para Deus. Por esta razão, o Pan-en-teísmo é também chamado de Teísmo Bipolar.

Deísmo: Deus está além do Universo, mas não dentro dele.
            O Deísmo é semelhante ao Teísmo, excluindo-se os milagres. Ele afirma que Deus é transcendente acima do universo, mas não imanente neste mundo, seguramente não de maneira sobrenatural. Semelhantemente ao Ateísmo, o Deísmo sustenta uma visão naturalista a respeito do funcionamento deste mundo. Em suma, Deus criou o mundo, mas Ele não mais se envolve com o mundo criado.

Deísmo Finito: Um Deus Finito Existe tanto além quanto dentro dos limites do Universo.
            O Deísmo Finito é semelhante ao Teísmo, salvo o fato de ele sustentar que o deus que transcende o universo e está ativo nele não é um ser infinito, mas limitado na sua natureza e poder. Como o deísta, o deísta finito geralmente concorda que o universo foi criado, mas nega qualquer intervenção milagrosa no seu âmbito.

Politeísmo: Existem muitos deuses além deste mundo, como também dentro dele.
            O politeísmo é a crença de que existem muitos deuses finitos. O politeísta nega qualquer Deus infinito que transcenda este mundo, da forma como sustenta o Teísmo, no entanto, crê que estes deuses finitos estão ativos neste mundo, em oposição ao Deísmo.

            Obviamente, se o Teísmo é verdadeiro, todas as outras seis formas de não-Teísmo são falsas. Deus não pode ser, por exemplo, ao mesmo tempo finito e infinito, pessoal e impessoal, estar além do universo e não estar além do universo, ser imutável e mutável, ou, ao mesmo tempo, ter capacidade de fazer milagres e não poder realizá-los. É certo que objeções podem e têm sido levantadas, mas nenhuma foi capaz de se sustentar.



Em Cristo,
André Gonçalves


Bibliografia:
Geisler – Norman – Teologia Sistemática vol. 1, pág. 16,17,36

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Teologia Sistemática (Introdução)


Definição:

            Teologia (lit. theos, “Deus”, e logos, “razão” ou “discurso”) é um discurso racional a respeito de Deus.

            A teologia evangélica é definida como um discurso a respeito de Deus que enfatiza a existência de certas crenças cristãs essenciais, que incluem a, mas não se limitam à, infalibilidade e inerrância da Bíblia somente, a tri-unidade de Deus, o nascimento virginal de Cristo, a divindade de Cristo, a total suficiência do sacrifício expiatório de Cristo pelos pecados, a ressurreição física e miraculosa de Cristo, a necessidade da salvação somente pela fé – somente através da graça de Deus, baseada somente na obra de Cristo – , o retorno corporal físico de Cristo a este mundo, a felicidade eterna e consciente dos salvos, e o castigo eterno e consciente dos não-salvos.

            Apologética (gr. Apologia, “defesa”) trata da proteção da Teologia cristã contra os ataques externos.

            A Teologia Sistemática é geralmente dividida nas seguintes categorias:
1 – Prolegômenos (introdução);
2 – Bibliologia (gr. Plural bíblia, “Bíblia”);
3 – Teologia Própria, o estudo de Deus;
4 – Antropologia (gr. plural, anthropoi, “seres humanos”);
5 – Hamartiologia (gr. hamartia, “pecado”);
6 – Soteriologia (gr. soteria, “salvação”);
7 – Eclesiologia (gr. ekklesia, “[a] igreja”);
8 – Escatologia (gr. eschatos, “as últimas coisas”).

            Além disso, o estudo do Espírito Santo (uma subdivisão da Teologia Própria) é denominado Pneumatologia (gr. pneuma, “espírito”), e os discursos sobre Cristo são chamados de Cristologia. Os debates teológicos a respeito dos demônios são designados demonologia, os específicos sobre satanás recebem o nome de satanologia, e o estudo dos anjos são chamados de Angelologia.

Continua nos próximos posts...


Em Cristo,
André Gonçalves


Bibliografia:
Geisler – Norman – Teologia Sistemática vol. 1, pág. 11-12

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Abriu-lhes o entendimento.


Lucas 24. 45

As escrituras são a maneira mais gloriosa que Deus no seu infinito amor para com todos nos tem orientado e falado pelos séculos que passam. É ela um livro revelado, porém para compreende-lo é preciso o discernimento que é dado pelo Espírito Santo. Por isto se propaga pelo mundo as muitas heresias (opinião doutrinária contrária à verdade religiosa), pois homens sem inspiração divina interpretam erroneamente a Palavra de Deus.

É preciso abrir o entendimento. Isto não quer dizer uma mente liberal/mundana, mas uma mente espiritual, ou seja, a presença do Espírito Santo deve estar na vida do cristão.

Após Sua ressurreição, Jesus apareceu aos seus discípulos e eles não creram no que viam diante dos seus olhos, foi preciso o Senhor apresentar primeiramente provas materiais (Lc. 24. 39-43) e depois abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. Lc. 24. 44-46

Nesta passagem o Senhor Jesus explicou que sua ressurreição era o cumprimento de suas palavras a eles. A Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos foram as três principais divisões do AT. As principais idéias das profecias do AT eram que ele deveria sofrer (Sl. 22. 1-21/ Is. 53. 1-9), ressuscitar de entre os mortos no terceiro dia (Sl. 16.10/ Jn. 1.17/ Os. 6.2), e que em seus nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Jesus abriu o entendimento deles para compreenderem todas essas Escrituras. De fato este é um capítulo cheio de coisas abertas (Lc. 24): túmulo aberto (v.12), lar aberto (v.29), olhos abertos (v.31), Escrituras abertas (v.32), lábios abertos (v.35), entendimento aberto (v.45)e céus abertos (v.51).

Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:
Almeida, Dicionário da Bíblia de. Pág. 82
MacDonald, William – Comentário Bíblico Popular NT. Pág. 230

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Palavra de Deus me alegra.


Graça e paz!

Após muitos dias sem escrever algo para este blog retorno com alegria escrever aos meus irmãos, amigos e leitores estimulando-os a servir a Cristo. Não há no mundo, e principalmente no conturbado mundo que vivemos uma alegria maior do ser um servo (a) do verdadeiro Deus. Há muitos “deuses”, porém existe um único, verdadeiro e vivo que não está alheio aos acontecimentos terrenos. Ele contempla nosso viver, todos os passos e ações de nossa vida cotidiana, ouve o que pedimos ou que lhe agradecemos.
 
Sou grato ao meu Deus por ter nos deixado a sua Santa e bendita Palavra, a qual nos meus momentos de meditação tem falado profundamente ao meu coração. Ela me alegra me repreende e me exorta (II Tim. 3. 16-17). Temos que ter a consciência de que a Palavra de Deus é poderosa para falar conosco em todos os sentidos. Todas as respostas para nossa vida estão nela. Se você crer no que está escrito em Gen. 1.1 isto é suficiente para você crer em toda bíblia. Muitas pessoas olham para a Palavra de Deus para buscar apenas bênçãos, mas esquecem que ela, como um pai que ama muito um filho, por muitas vezes nos exorta e repreende. Um pai tem momentos de sorrir com seu filho, mas também muitas vezes chora com ele, exorta (dá conselhos) e repreende quando este lhe desobedece. Assim tem sido a Palavra de Deus com seus santos pelos séculos que passam, mostrando o cuidado e zelo que nosso Deus tem por nós.


Em Cristo,
André Gonçalves.
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