I
Pe. 1.16-19
Quando Pedro estimulou os
crentes a falar “segundo as palavras de Deus” (I Pe. 4.11), ele claramente não quis
dizer que essa verbalização de palavras emitidas pelo Espírito Santo
substituísse a pregação e a doutrina da Palavra de Deus. Este texto mostra a importância
relativa das “palavras proféticas” ou experiências que recebemos comparadas com
as Escrituras em si. Aqui, o apóstolo compara sua própria experiência com Jesus
no monte da transfiguração à fiel “profecia” das Escrituras Sagradas (I Pe. 1. 19-21).
Ele chama a palavra das Escrituras de “sagradas”, e assim apresenta um ponto dramático
para nossa compreensão através de toda a historia da Igreja. Se a experiência de
Pedro com o próprio Jesus é considerada por Pedro como subordinada à Palavra “confirmada”
das Escrituras, temos tanto uma diretriz quanto uma declaração definitiva. A diretriz
diz que nenhuma experiência possui maior autoridade do que a Palavra de Deus. Isso
não deve desanimar nossas experiências com as obras do Espírito de Deus em
poder ou benção, mas simplesmente nos relembrar do lugar relativo de cada tipo
de “palavra” em nossos valores.
Também
há uma declaração definitiva aqui. Muitos fazem perguntas hoje em dia sobre se
nós, que acolhemos a operação do dom da profecia, o fazemos devido a uma falta
de persuasão em relação à “suficiência” da Palavra de Deus. Em outras palavras,
acreditamos que a Bíblia contém tudo que precisamos para a salvação, para a fé,
e para a vida obediente? É claro, para o crente da Bíblia, isso nunca está em
duvida, pois no espírito de verdade prática das palavras de Pedro não há
qualquer comparação entre a eterna Palavra de Deus e as “palavras” atuais de
declaração profética.
Profecias
são mostradas adequada e biblicamente como desejáveis (I Co. 14.1) e úteis (I Co. 14. 3,5).
Mas o ensino das Escrituras Sagradas é definitivo, é a autoridade máxima, sendo
mais “desejável do que o ouro”, a eterna Palavra de Deus (Sl. 19. 7-11).
Em Cristo,
André Gonçalves.
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