terça-feira, 14 de outubro de 2014

Amor... Grande amor!

Em meio a um mundo conturbado, egoísta, mergulhado no caos do pecado, e cheio de promessas vazias, o texto Sagrado de João 3.16 expressa toda a boa nova de salvação oferecida por Deus:

Deus - o maior Ser
Amou - o maior sentimento
O mundo - o maior grupo
De tal maneira - o maior grau
Que deu - o maior ato
O Seu Filho Unigênito - a maior dádiva
Para que todo aquele - a maior oportunidade
Que nEle - a maior atração
Crê - a maior simplicidade
Não pereça - a maior promessa
Mas - a maior diferença
Tenha - a maior certeza
A vida eterna - a maior possessão.


Em Cristo,
André Gonçalves



Bibliografia
Boyer - Orlando, Espada Cortante 2, pág. 241

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Definição Teológica de Inspiração e Inerrância da Bíblia Sagrada.

A inspiração da Escritura é a operação sobrenatural do Espírito Santo, que, por intermédio de diferentes personalidades e estilos literários dos autores humanos escolhidos, investiu as palavras exatas dos livros originais das Sagradas Escrituras, em separado ou no seu conjunto, como a própria Palavra de Deus, isenta de erro em tudo o que ensina (inclusive em matérias de História e Ciência), e é, dessa forma, a regra infalível e a autoridade final de fé e prática para todos os crentes.
Norman Geisler

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Vivendo uma vida satisfeita!

Fil. 4. 10-13

O contentamento é algo que no tempo presente tem sido um bom assunto para meditação e reflexão.
O mundo materialista que vivemos não deixa espaço e tempo para uma avaliação do que é viver com contentamento.

            A fadiga do trabalho, a busca incessante por adquirir, a insistência por crescer e ter abundância muito mais do que o necessário para a  necessidade cotidiana nos tem levado a uma vida de insatisfação daquilo que temos, esquecendo-se que o que temos foi Deus que nos deu para vivermos felizes.


            Contentamento é uma palavra intrigante! Se pararmos um pouco e exercitarmos o nosso raciocínio para pensar no que Deus nos tem provido, e olharmos à nossa volta veremos que Deus nos tem abençoado, e que ocupamos uma melhor posição que muitas pessoas estão, mas mesmo assim ainda estamos insatisfeitos com o que possuímos!

            Contentamento é um dom! Não é virtude que nasce no coração do homem pela sua capacidade, mas é Deus que faz nascer no nosso coração a capacidade de ser feliz com o que possuímos – v. 11-12

            Vejamos como Paulo poderia dizer estas palavras: "porque já aprendi a contentar-me com o que tenho". Como um homem tendo privações pode ser feliz? A resposta está no seu coração: Quem ocupa o seu coração é que dará a resposta. O senhor que estiver morando no seu coração é que representa e que dá o resultado da sua satisfação.

            Se Deus mora neste coração, embora estando "abatido, sei também ter abundância, em toda maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. (v.12) Este coração consegue ser feliz, porque "posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" (v. 13)

            Mas quem fortalece é o Senhor! O dinheiro não fortalece o coração, uma boa posição social muito menos, e tão pouco as riquezas.

            Se olharmos a historia secular, ela está inundada de pessoas que possuíam fama, dinheiro (muito dinheiro), bens (muitos bens), mas não tinham Deus nos seus corações, e por isso eram infelizes, deprimidas, descontentes com tudo aquilo que possuíam, e muitas delas cometeram suicídio.

            A felicidade é dada por aquele que não teve começo nem fim, mas quando a buscamos nas coisas perecíveis, temporais, elas não nos dão alegria (Mt. 6. 19-21)
            Uma frase de um escritor Frances diz: “Quem vive contente com nada possui todas as coisas”.

            Em Deus está a receita para satisfação pessoal, para uma vida de contentamento, para uma vida abundante, para uma vida feliz, para uma vida cheia de graça e tranquilidade. Quem é o senhor da vossa vida???



Em Cristo,
André Gonçalves.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O caminho do homem até Deus


"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu."  Hebreus 10:19-23




Tão logo Deus tirou o povo de Israel da escravidão do Egito, a Bíblia nos fala do desejo de Deus de habitar com o homem (Ex. 15.17). Deus deu a Moisés instruções precisas para que se construísse um tabernáculo no qual repousaria a arca, uma espécie de cofre que, por sua estrutura e conteúdo, é uma imagem do próprio Cristo. Tudo isso estava situado no meio de um recinto chamado átrio. (Ex. 25-27).

Mas será mesmo que o Deus justo e santo pode morar com o homem pecador sem condená-lo?

Se examinarmos em que ordem são apresentados os diferentes elementos que compunham o tabernáculo, compreendemos que Deus fez todo o necessário para abrir ao ser humano um acesso a Si mesmo. De fato, as instruções dadas ao povo de Israel começam pela arca (simbolo do próprio Cristo) e prosseguiam com o altar onde se queimavam os sacrifícios, impressionante figura do Senhor Jesus, santo sacrifício que suportou em nosso lugar na cruz o castigo que merecíamos.

Por último, a única porta de acesso ao átrio era amplamente aberta, já que tinha cerca de cinco metros de largura. Ainda hoje ressoam as palavras do Senhor Jesus: "Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á" (Jo 10.9). Contrariamente à lógica humana, a porta é a última a ser citada. Foi necessário que a grandeza do Senhor e depois Sua morte se revelassem para que o caminho até Deus fosse aberto para nós.


Em Cristo,
André Gonçalves


Bibliografia:
Devocionário de Evangelização e Inspiração Cristã - Depósito de Literatura Cristã.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Igreja, a noiva do Cordeiro.

Ef. 5. 25-30

Existe um processo de purificação da Igreja para o encontro com Cristo. O termo “numfe” refere-se, também, à mulher que está limpa, pronta para casar com seu noivo, num momento único, que não será repetido.

É interessante a relação que a Palavra de Deus demonstra entre o relacionamento de Cristo e a Igreja, assim como a noiva com o noivo. Na cultura judaica o casamento dava-se da seguinte forma: No dia do casamento havia uma procissão. O noivo, vestido com suas melhores roupas, caminhava com os seus amigos da sua casa para a cassa da noiva. Ela deveria estar esperando arrumada depois de ser banhada e arrumada pelas suas damas de honra. Ela usava um véu para cobrir o seu rosto, que simbolizava a sua pureza. Somente as moças virgens usavam um véu.

Vejamos o paralelo entre o casamento e a relação de Cristo com a Igreja: O noivo saia de sua casa para “buscar” a noiva (Cristo virá buscar a Igreja [I Tess. 4.17]). Em determinado momento o véu que a noiva usava era retirado e colocado no ombro do noivo, e feita a seguinte declaração: “O governo estará sobre os seus ombros”. Ver Is. 9.6.

O Senhor Jesus poderia utilizar qualquer figura religiosa de sua época para demonstrar o seu relacionamento com a Igreja. Mas os religiosos de seu tempo foram os principais opositores de Jesus. Nada melhor do que a figura de uma noiva, por sua pureza, assim como a Igreja deve ser pura, santa.


Em Cristo,
André Gonçalves.



Bibliografia:

Gower, Ralph – Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos – pág.66

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Mais doce do que o mel.

Tudo o que é amargo associa-se a humilhação, tristeza e pranto. Mas quando nos referimos ao doce, isto traz a impressão de alegria, festa e júbilo.

Quando o menino ia pela primeira vez à escola nos dias do Novo Testamento, ele chegava à sinagoga quando estava ainda escuro para ouvir a história de como Moisés recebera a lei. A seguir era levado à casa do professor para tomar a primeira refeição, onde ganhava bolos com letras da lei escritas neles. Na escola, o menino recebia uma lousa com passagens das Escrituras. A lousa era lambuzada com mel. Ele tinha de traçar as letras através do mel com a pena e era natural lamber a pena enquanto trabalhava. A idéia era que ele iria compreender que a sua ida à escola era para absorver as Escrituras. Essa prática de aprendizado parece ter sido baseada num velho costume ao qual Davi se refere no salmo (Sl. 19. 9-10).


Em Cristo,
André Gonçalves
                        
                    
Bibliografia:

Gower – Ralph – Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD – pág.73

terça-feira, 1 de abril de 2014

A Confiabilidade dos Manuscritos do Novo Testamento.

Há várias linhas de evidências que apóiam a confiabilidade dos manuscritos do Novo Testamento. Dentre elas, temos o número, a datação, a precisão e a confirmação dos manuscritos disponíveis.
Da mesma forma que ocorre com o Antigo Testamento, o número de manuscritos é surpreendente quando comparado com uma obra típica da antiguidade, a qual normalmente apresentará de sete a dez cópias manuscritas disponíveis. Em contraste, o Novo Testamento apresenta quase 5.700 manuscritos gregos disponíveis nos nossos dias, o que faz dele o livro mais bem atestado da antiguidade.

Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:

Geisler – Norman – Teologia Sistemática, CPAD – pág.427, 428

domingo, 30 de março de 2014

Fortes Evidências para uma Data Antiga para Atos.

Colin Hemer, estudioso da história romana, enumera razões para a aceitação de uma data antiga para o livro de Atos. Estas razões apóiam fortemente a historicidade de Atos e, indiretamente,a historicidade do Evangelho de Lucas (cf. Lc. 1.1-4 e At. 1.1).
Os primeiros cinco argumentos de Hemer são suficientes para mostrar que Atos foi escrito em 62 d.C.
1 – Atos não menciona o evento crucial da queda de Jerusalém, no ano 70 d.C., o que posicionaria o livro deste evento.
2 – Não existe nenhum indicativo do início da Gerra dos Judeus no ano 66 d.C., ou de qualquer deterioração mais séria e específica entre os romanos e os judeus, o que implica que o livro tenha sido escrito antes daquela época.
3 – Não existe nenhum indicativo de uma deterioração mais imediata das relações dos cristãos com Roma que diga respeito à perseguição perpetrada por Nero, no final dos anos 60 d.C.
4 – Não existe nenhum indicativo acerca da morte de Tiago nas mãos do Sinédrio, no ano 62 d.C., que foi registrada por Flávio Josefo.
5 – Como o apóstolo Paulo ainda estava vivo (At 28), ele deve ter sido escrito antes da sua morte (c. 65 d.C.).

Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:

Geisler – Norman – Teologia Sistemática, CPAD – pág.430

sábado, 29 de março de 2014

A Confiabilidade dos Relatos do Novo Testamento.

Não somente existe uma tradição de manuscritos extremamente forte em apoio à conclusão de que o texto atual do Novo Testamento é uma representação altamente precisa dos originais, como também existem evidências em abundância acerca da historicidade confiável do relato da vida de Cristo nele contida. Como as evidências a favor da confiabilidade histórica do livro de Atos são mais fortes, comentaremos sobre este livro.

A Historicidade de Atos.
A data e a autenticidade do livro de Atos é crucial para a historicidade do Cristianismo primitivo, e, dessa forma, também para a Apologética em geral. Se Atos foi escrito antes do ano 70 d.C., enquanto as testemunhas oculares ainda estavam vivas, ele então apresenta grande valor histórico ao nos informar a respeito das crenças cristãs mais primitivas. Além disso, se Atos foi escrito por Lucas, o companheiro do apóstolo Paulo, ele pode ser posicionado no círculo apostólico dos primeiros discípulos de Jesus.

Se Atos foi escrito por volta de 62 d.C. (a data tradicional), ele, então, o foi por um contemporâneo de Jesus (que morreu em 33 d.C.). E se Atos se apresenta como um documento preciso em termos históricos, ele concede credibilidade aos seus relatos acerca das crenças cristãs mais básicas nos milagres (At. 2.22), na morte (At. 2.23), na ressurreição (At. 2.24,29-32) e na ascensão de Cristo (At.1.9,10). Além disso, se Lucas escreveu Atos, então o seu “primeiro tratado” (At.1.1),o Evangelho de Lucas, deve também receber a mesma credibilidade concedida ao livro de Atos.

Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:

Geisler – Norman – Teologia Sistemática, CPAD – pág.430

sexta-feira, 28 de março de 2014

A Historicidade do Novo Testamento.

Poucos estudiosos negam a historicidade completa do Novo Testamento. A razão por que o número de historiadores e estudiosos bíblicos que negam a historicidade do Novo Testamento é tão pequeno que ficará clara à medida que analisarmos o volume de evidências a seu favor.

A historicidade do Novo Testamento é basicamente a historicidade dos Evangelhos, do livro de Atos, e das primeiras epístolas de Paulo, já que os documentos escritos depois do final de Atos não são decisivos na demonstração da vida, morte e ressurreição de Cristo, que estão no coração da questão a respeito da historicidade do Novo Testamento.

A maior parte da crítica negativa é pré-arqueológica, baseada em pressuposições filosóficas não comprovadas e que foram posteriormente tornadas obsoletas pela Arqueologia. Como com o Antigo Testamento, o argumento positivo a favor da confiabilidade histórica dos manuscritos do Novo Testamento está baseada em dois pontos principais: a confiabilidade dos manuscritos do Novo Testamento e a confiabilidade das testemunhas do Novo Testamento.

Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:
Geisler – Norman – Teologia Sistemática, CPAD – pág.427

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Mensagem do Reino [Parte 2]

"E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus.
Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus." Mat. 3. 1-2; 4.17

O primeiro chamado do Reino refere-se ao arrependimento. As implicações do arrependimento bíblico são três:

1) Renúncia e reversão;
2) Submissão e capacidade de ensinar;
3) Maleabilidade contínua.

Não existe nascimento para o Reino sem escutar o chamado à salvação, renunciando-se aos pecados e voltando-se do pecado a Cristo, o Salvador (At.3.19)

Não há crescimento do Reino sem obediência aos mandamentos de Jesus e uma receptividade infantil como discípulo de Jesus, entregando-se ao ensinamento da Palavra de Deus (Tg. 1. 21-25).

Não existe aumento perpétuo de frutos como cidadão do Reino sem disposição para aceitar a correção e orientação do Espírito Santo (Ef. 4.30).


Em Cristo,
André Gonçalves.



Bibliografia:
Hayford - Jack W. - Bíblia de Estudo Plenitude, pág. 950

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A Mensagem do Reino [parte 1]

E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. Mc. 1. 14-15

Os evangelhos sinóticos e Atos fazem pelo menos 20 referências diretas à pregação do evangelho do Reino, desde João Batista (Mt. 3. 1-2), passando por todo o ministério de Jesus (Mc. 1. 14-15), pelo ministério dos discípulos durante o ministério de Jesus (Lc. 9. 1-2), e em Atos. Jesus profetizou que essa mesma mensagem deveria ser levada aos confins do mundo (Mt. 24.14), comissionando seus discípulos a fazê-lo e prometendo o poder do Espírito Santo para essa obra (Mc. 15. 15-18/ At. 1. 3-8).

Está claro que a igreja antiga proclamava a mesma mensagem que Jesus pregava, isto é, "o evangelho do Reino de Deus" (At. 8.12; 19.8; 20.25; 28.23, 30-31). Eles também passavam pelas mesmas evidências comprovantes presentes em seu ministério.

Há somente um evangelho: Jesus o pregou, transmitiu a seus discípulos e comissionou-o à sua igreja. Paulo preveniu contra jamais receber qualquer outro evangelho. "Qualquer outro" pode ser tanto uma mensagem completamente errada ou um argumento para uma mensagem diluída e desprovida de poder, embora nominalmente cristã. Jd. 3 sempre nos impele a batalhar pelo original, "a fé que uma vez foi dada aos santos".


Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:
Hayford - Jack W. - Bíblia de Estudo Plenitude, pág. 995

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Recomendo! [Indicação literária]




"Teologia Arminiana: Mitos e Realidades" é um livro envolvente que permite a entrada do leitor na compreensão dos sistemas teológicos de cunho arminiano e calvinista. Escrito por um erudito e arminiano militante, Roger Olson tem como objetivo resgatar o arminianismo clássico e desmistificar certas caricaturas que foram construídas ao longo do tempo. A Teologia Arminiana sempre foi encarada por muitos reformados calvinistas como uma teologia herética, centrada na antropologia e assim considerada semipelagiana. Diante destas acusações, Olson levanta a voz denunciando tais injustiças e propagando que determinados conceitos foram mal compreendidos ou usados de maneira pejorativa e leviana. Partindo dos cinco pontos do calvinismo, a TULIP, Olson apresenta as objeções de Jacó Armínio com clareza e leva o leitor a se posicionar perante conceitos fundamentais da teologia cristã. Soberania, Predestinação, Livre-Arbítrio, Soteriologia e o Caráter de Deus são conceitos intrigantes, que nos movem a ler esta obra de suma importância para o desenvolvimento teológico.

Linck da editora:
https://ssl5921.websiteseguro.com/editorareflexao1/Site.aspx/Produto/356-TEOLOGIA-ARMINIANA-MITOS-E-REALIDADES?store=1




Em Cristo,
André Gonçalves.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Esperança... [parte 3]

Salmos 90

Sl. 90. 11-12. O homem de Deus se maravilha com o pode da ira divina e se pergunta: Quem pode temer ao Senhor de modo adequado diante da imensidão da cólera do Senhor? Uma coisa é certa: a ira de Deus deveria nos levar a valorizar todos os dias de nossa vida e a gastar cada momento em obediência ao Senhor, de tal forma que esse viver piedoso tenha valor para toda a eternidade.

Sl. 90. 13-14. Moisés implora ao Senhor que volte e demonstre compaixão pelo seu povo. Porventura o Senhor ficaria irado para sempre? Porque não demonstrava compaixão, para que pudesse viver o restante de seus dias com um pouco de tranquilidade e alegria?

Sl. 90. 15-16. Moisés pede "equivalência de tempo", isto é, que o Senhor concedesse tantos anos de alegria a Israel quantos os anos de aflição e adversidade que enfrentaram. O povo já conhecia o poder do julgamento de Deus, agora, porém, desejava conhecer a outra face do poder do Senhor, a saber, suas obras de misericórdia.

Sl. 90. 17. Ao final, o salmista pede que o Senhor favoreça seu povo terreno e o faça prosperar em todos os seus esforços: "sim, confirma a obra das nossas mãos".
O salmo 90 tem sido considerado, tradicionalmente, a leitura preferida nos funerais cristãos, e com razão pois chama atenção para a brevidade da vida e para a necessidade de aproveitarmos o tempo e as oportunidades. Entretanto, o salmo não apresenta o mesmo nível de consolo e confiança que o NT, no qual Cristo trouxe "vida e imortalidade por meio do evangelho". Hoje sabemos que a morte é lucro, pois deixaremos este corpo para viver com Jesus. A perspectiva sombria desse salmo deve, portanto, ser substituída pela alegria e esperança de vitória em Cristo, pois a morte perdeu o poder de triunfar. O cristão contemporâneo pode cantar:

A morte foi vencida! Cantem com júbilo, todos os fiéis.
Onde está tua vitória, ó sepultura cheia de vanglória?
Jesus vive! Teus portais não mais se alegram,
Jesus vive, forte e poderoso para salvar.
                                                                      Fanny J. Crosby



Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:
McDonald - Willian. Comentário Bíblico Popular AT, pág. 464.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Esperança... [parte 2]

Salmos 90


Para poder explicar este salmo é preciso que nossa imaginação navegue ao cenário do Sinai.

Estamos no deserto do Sinai, anos após o relatório desanimador dos espias em Cades-Barneia. O povo se encontrava vagando sem destino pelo deserto, uma situação totalmente inútil.

Toda manhã, um mensageiro vem à tende da Moisés trazendo um relatório sobre as condições do acampamento: mortes, muitas mortes. As notícias mais comuns se referem a obituários. O deserto havia se tornado um enorme cemitério. Cada vez que o povo levantava acampamento, deixava atrás de si uma multidão de sepulturas.

Nesse dia em particular, Moisés, homem de Deus, entrou em desespero. Angustiado com a quantidade de mortos, o ancião se recolhe a sua tenda e, prostrado com rosto em terra, apresenta essa oração perante o Senhor.

Sl. 90. 1-2. Em meio a tantas mortes e à transitoriedade da vida, Moisés encontra consolo na eternidade do Senhor. Embora tudo o mais definhe e desapareça, Deus é imutável e refúgio seguro para seu povo. De eternidade a eternidade, ele é Deus "infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade".

Sl. 90. 3-4. Moisés contrasta a eternidade de Deus com a brevidade do ser humano. Tem-se a impressão de que, todos os dias, Deus ordena à vida: "tornai ao pó", como quem força uma linha infinita a lançar-se para dentro da sepultura. Para o Eterno, os quase mil anos de idade dos primeiros seres humanos caídos são apenas como o dia de ontem em sua memória.

Sl. 90. 5-6. Para Moisés, a vida humana se parece com um sono: o indivíduo dorme, sonha e acorda no dia seguinte sem consciência da passagem do tempo. Ou, por meio de outra ilustração, a vida é como a relva que floresce fresca e verde pela manhã, porém murcha e seca no final da tarde.

Sl. 90. 7-10. Embora a morte seja resultado da entrada do pecado no mundo, Moisés percebe que aquelas mortes no deserto representavam um julgamento especial da parte de Deus. Todos os homens que saíram do Egito cuja idade fosse superior a vinte anos deveriam morrer antes do povo chegar a Canaã. O soar dos sinos da morte era um sinal da ira de Deus contra seu povo, pois havia acreditado no relatório negativo dos espias, em vez de marchar rumo à conquista de Canaã, conforme propuseram Josué e Calebe. As iniquidades e os pecados ocultos do povo estavam sempre diante do Senhor como uma úlcera inflamada que não sara. Consequentemente, os israelitas viviam sob as nuvens escuras da indignação de Deus e varridos pelos vagalhões da ira divina. É verdade que alguns conseguiram atingir os setenta ou oitenta anos de idade, porém, mesmo nesses casos, era uma vida desagradável, cheia de doenças, cansaços e aborrecimentos, e logo morriam.

Continua no próximo post...


Em Cristo,
André Gonçalves.



Bibliografia:
MacDonald - William. Comentário Bíblico Popular AT, pág. 463,464.
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