quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Nossas Batalhas

Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme toda lei que meu servo Moisés te ordenou... então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido (Josué 1. 7-8).


O livro de Josué pode ser considerado um livro-chave de batalha espiritual. Israel tomando posse da terra de Canaã é uma ilustração da batalha espiritual cristã. Assim como Israel só poderia ocupar a terra prometida vencendo as batalhas, assim nós também tomamos parte em uma incessante luta.


Deus prometeu ao povo de Israel que eles iriam tomar posse da terra, subjugando seus inimigos, se seguissem os mandamentos de Deus em tudo. E hoje o crente também tem promessas espirituais que só serão realizadas se, como redimido, ele seguir seu Redentor em todas as coisas.

Contudo, em contraste como o povo terreno de Deus, os cristãos não tem promessas de prosperidade e sucessos mundanos. Deus pode abençoar uma pessoa com saúde, e outra com abundância financeira, mas Ele não nos prometeu essas coisas expressamente, como fez a Israel. Podemos agradecer por ambas, mas elas não são componentes da redenção que nos foi concedida.

Nossas promessas são maiores e mais abrangentes: são espirituais, assim como nossa vitória também é espiritual. Com a ajuda do Senhor venceremos todos os ataques e batalhas. Porém, este é um assunto que requer a maior atenção. Satanás é implacável e tem desviado a muitos. Ele se utiliza justamente das promessas de riquezas e saúde para seduzir os filhos de Deus. Usou essa mesma tentação com o Senhor Jesus, mas Este, por estar cheio da Palavra de Deus, não caiu na armadilha.

"Esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei", ou em outras palavras, "a palavra de Cristo habite em vós abundantemente" (Colossences 3:16).



Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:
Boa Semente, Devocionário de Evangelização e Inspiração Cristã 2013 - Depósito de Literatura Cristã.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Deserto e a Bíblia [parte II]

   O deserto é um símbolo teológico para luta e privação. Para sofrimento e perda. Vulnerabilidade e desamparo. Deslocamento e confusão. Mas também é o local espiritual onde o renovo acontece e o homem, em meio à crise, descobre algo sobre Deus, que antes não conhecia.

   Quando Israel completou quarenta anos no deserto, Moisés guiou o povo a um planalto que, na atualidade, é o oste do Jordão. Podiam ver através do vale do Jordão a boa promessa da terra que Deus lhes concedera. Porém Ele não os levaria a possuí-la ainda. Ao invés disso, interpretou o significado da experiência no deserto que haviam acabado de completar. Deuteronômio é a recitação da lei uma vez dada no Sinai, agora reforçada e aplicada a outras áreas, antes de sua entrada na Terra Santa. Neste livro, nos capítulos 6-10, Moisés interpreta as funções da experiências no deserto e relembra Israel de muitas coisas: o comprometimento sagrado à aliança, feito do Sinai, sua promessa de permanecer puros e sem contaminar-se com a cultura cananita, o ideal de construir uma nação de justiça e bondade. E então pede-lhes que jamais esqueçam o significado do deserto:

    E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo que sai da boca do SENHOR viverá o homem. Nunca se envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Confessa, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o SENHOR, teu Deus (Dt 8. 2-5).

  As experiências no deserto também podem tornar-se oportunidades marcantes de renovo e fé, ou virar motivo de amargura e raiva. Resumindo, quando no deserto de nossa própria desolação, devemos escolher como reagir. Muitos israelitas jamais chegaram à Terra Santa, mas ao invés disso, morreram no deserto. A história do deserto é pontuada por homens e mulheres que demonstraram raiva e ressentimento por acharem que Moisés e seu Deus não estavam fazendo um bom trabalho ao conduzir as coisas.

   Outros estavam dispostos a permanecer em silêncio e aprender. Quando Jesus esteve no deserto por quarenta dias, Satanás tentou-o de diversas formas a driblar as dificuldades. Em cada caso, Jesus respondeu recitando trechos de Deuteronômio 6-10, o manual de Israel para a vida no deserto.

  O deserto, então, é uma oportunidade para ouvir coisas que jamais ouvimos, para descobrir o que repousa no centro de nossa alma. Isso não é divertido nem fácil. Mas estranhamente Deus se agrada em falar no deserto. Na esterilidade e austeridade, no silêncio provocado pela privação, Deus é ouvido. Isso foi precisamente o que aconteceu a Elias (I Reis 19). No deserto de seu desespero, quando finalmente senta-se ao pé de uma árvore e desiste, um anjo lhe fala e o alimenta. Após quarenta dias de mais viagem, esconde-se numa caverna no monte Sinai, e repentinamente ouve Deus: "Que fazes aqui, Elias?". E a partir deste momento, uma nova conversa se inicia.

   A Bíblia apresenta inúmeros casos de homens e mulheres fugindo para o deserto. É uma misericórdia severa, no entanto é misericórdia. A experiência no deserto é onde descobrimos algo a respeito de nós mesmos - e Deus vê o que é verdadeiro em nosso coração. É aqui que sua simples provisão de água, maná e cordonizes repentinamente é vista por sua beleza e maravilha. E é aqui que podemos escutar a voz de forma jamais ouvida.


Em Cristo,
André Gonçalves.



Bibliografia:
Burge, Gary M. - A Bíblia e a Terra - CPAD, pág. 46,47,48.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Reflexões sobre a vida.

Ec. 7. 1,2
"Melhor é a boa fama do que o melhor unguento, e o dia da morte, do que o dia do nascimento de alguém.
Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração."

Salomão declara que boa fama é melhor que o unguento precioso. Nesse caso, boa fama significa o bom caráter, e unguento se refere a tudo o que é caro e fragrante. Em outras palavras, nem mesmo o perfume mais caro se iguala ao valor de uma vida honrosa.


O dia da morte é melhor que o dia do nascimento. Salomão expressa esta reflexão sob a seguinte ótica: O dia do nascimento traz alegria para a família, amigos e vizinhos, mas a preocupação de Salomão é se este infante quando crescer terá a oportunidade do conhecimento da verdade. Trazendo esta passagem aos nossos dias, quantas crianças nascem sem a esperança de ter na vida futura a oportunidade de conhecer o evangelho, o dia da morte para elas será de desespero. Porém para o salvo o dia da morte é um dia de vitória, é a oportunidade dele se encontrar com aquEle que o salvou. A morte para o salvo já não causa espanto (Hb 2.14-15/ Ap 1.18) porque estamos nAquele que venceu a morte. Mas para o ímpio é momento de desespero porque ele não irá ao encontro de Jesus.

Salomão declara que ir a um funeral é melhor do que ir a um banquete. A morte é o fim  de todos os homens, de modo que, quando a encaramos face a face, somos obrigados a parar e refletir sobre nosso destino final.

Então, caro leitor (a), reflita um pouco, será que estás dando mais valor para o que é temporal do que para as coisas eternas? Pense nisto!


Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:
MacDonald - William - Comentário Popular AT, pág. 606
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