segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Inimigos Internos.

Na passagem bíblica do Evangelho de Lucas 15. 3-32 o Senhor Jesus descreve três parábolas: A ovelha perdida, a dracma/moeda perdida e o filho pródigo. Essas três parábolas são respostas às criticas dos fariseus e escribas (vs. 2), pois o Senhor recebia e ensinava os cobradores de impostos e pecadores (vs. 1).

Sempre ouvimos pregações maravilhosas através destas três parábolas, e sempre a ênfase cai sobre a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho pródigo. Mas o objetivo de Jesus era dar uma indireta, mais do que direta, aos seus críticos: As noventa e nova ovelhas representam o religiosos da época, ou seja, seus críticos, os escribas e fariseus. Assim como as nove moedas que não haviam sido perdidas e o filho que ficou na casa do pai.

Nas três parábolas o Senhor valoriza o fato de apenas um pecador se arrepender. Era isto que os religiosos não entendiam: o perdão. Eram doutores da lei, mas não tinham a graça. Jesus veio para apresentar-lhes o caminho da salvação o qual eles não compreendiam. Leia Lucas 4. 16-21

Os fariseus consideravam-se puros, santos, sem necessidade de arrependimento (Lc 18. 9-14). Sendo doutores da lei somente aplicavam-na aos outros. Diferente da mensagem do Evangelho transformador, o qual primeiramente nasce em nós, para depois termos condições de apresentá-lo aos outros. A lei é a pedra que quebra e que esmaga. Quando alguém pecava a lei era aplicada de forma corretiva, a graça, porém veio para ser preventiva, ou seja, o ser humano é advertido antes de cometer o pecado. Mas o Senhor Jesus nos apresentou sua graça, que restaura o vaso dilacerado, que não esmaga o caniço quebrado e não apaga o pavio que fumega (Mt 12.20).

Voltando ao texto de Lc 15, em especial a passagem do filho pródigo (vs. 11-32). O que Jesus quis e quer nos ensinar com esta passagem? Veja que após desperdiçar toda sua herança o filho que havia saído da casa do pai caindo em si, volta arrependido, humilhado. Pedindo perdão é recebido com alegria. O filho mais velho que estava no convívio do seu pai, e na oportunidade que seu irmão retornara estava no campo, vindo a casa pergunta a um dos empregados o que era aquela festa. Era o seu irmão que havia voltado são e salvo. Isto causou-lhe revolta, pois seu coração tomou-se de egoísmo. O pai, porém, insistia para que ele entrasse e se alegrasse com seu irmão (vs. 28).

Há uma grande mensagem nesta passagem, o filho mais velho representa aqueles que estão na casa do Pai, mas estão com seus corações endurecidos a ponto de não se alegrar com um pecador que se arrepende. Acham que a graça é exclusiva para eles. Estão na casa do Pai, mas não são participantes das bênçãos, pois seus corações estão fechados para a Palavra. Vêem os demais serem abençoados, receberem dons, serem usados, mas em vez de se alegrar com isto, ficam indignados. São inimigos internos da obra de Deus. Os fariseus e os escribas eram assim...!


Em Cristo,

André Gonçalves.

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