quinta-feira, 23 de junho de 2011

História bíblica – As Igrejas da Ásia [parte 05]

Sardes. Ap. 3. 01-06

Elogio: Alguns tem mantido a fé;
Crítica: Uma igreja morta;
Instrução: Arrepender-se, fortalecer o que resta;
Promessa: Os fiéis serão honrados e vestidos de branco.
           
            Às demais igrejas da Ásia Jesus disse conhecer algumas de suas boas obras e citava-as. A igreja de Sardes não possuia boas obras, apenas alguns que não haviam contaminado suas vestes. A igreja de Sardes tinha nome (reputação). Nome de que estava viva mas estava morta. Morta diante do autor da vida? (At 3. 15)
           
            Aos olhos do mundo muitas denominações ostentam a fama de estarem vivas, pois realizam shows à vaidade, negociam curas, milagres e profecias e até usam a Bíblia para citar um texto fora de contexto, criando pretextos para facilitar suas “doutrinas do Deus não se importa”, mas Seu Noivo não a reconhece como Sua (Mt 7. 22-23)

            Jesus Cristo prometeu resolver as crises em Sardes quando esta estivesse disposta a lembrar do que tinha recebido e ouvido, obedecendo e com sentimentos de arrependimento (Ap 3.3) e contrição. A igreja em Sardes sabia do que havia recebido, bastava lembrar e guardar (praticar), pois havia ali algumas pessoas que não se tinham contaminado (Ap 3.4), logo serviriam tambem de testemunhas de fidelidade.

            Aos que não cederem às crises, ou não se contaminarem, Jesus promete vestes brancas, andar com Ele e ter seu nome reconhecido diante de Deus (Ap. 3. 4-5)

            O que vale mais: reconhecimento dos homens ou o reconhecimento de Deus? (Jó 1. 1, 8). O que nos importa mais: obedecermos a Deus ou aos homens? (At 4. 18-20). Tem a igreja de hoje a dignidade de andar com Ele? De zelar pelas suas vestes? De zelar por seu bom nome? Do contrario Jesus apagará seu nome do Livro da Vida, não reconhecerá seu nome diante de Deus, não dará vestes brancas e não permitirá sua companhia com Ele (Ap. 3. 4-5), ou seja, seremos banidos de sua presença, e a crise será maior ainda, não tendo mais solução para os que permanecerem na injustiça (Ap. 22.11).

A cidade de Sardes.

A quinta igreja ficava em Sardes, atual vila turca de Sart, junto à estrada de Izmir a Ankara, perto de Salihli, na província de Manisa. Uma inscrição em lídio e aramaico encontrada em Sardes e datada do século IV a.C. traz o nome de Sefarade, mencionado em Obadias 20. Esse termo deu origem à designação “sefárdico”, usada para os judeus da península Ibérica e norte da África que, como Sardes, eram considerados lugares a noroeste de Jerusalém.

Sardes era a capital do reino antigo de Lídia. Durante o reinado de Giges (680-644 a.C.), um soberano lídio, descobriu-se ouro no rio Pactolus (Sart Çayi) que atravessa Sardes e os lídios foram o primeiro povo do mundo a cunhar moedas de ouro, prata e electro (liga composta de ouro e prata).


Em Cristo,
André Gonçalves.


Bibliografia:
Foto: Mosaico do pátio da sinagoga de Sardes, datado do século IV d.C.
Plenitude, Bíblia de Estudo – SBB
Nossa Revista – 4º Trimestre 2010 – Buscando respostas de Deus às crises existenciais na atualidade – Editorial CBC
Lawrence, Paul – Atlas histórico e geográfico da Bíblia, pág. 172 – SBB

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